A bancada do Paraná em Brasília, que já era bem à direita, deu uma guinada forte em direção a uma posição ainda mais conservadora neste ano. Vários membros da “direita moderada” perderam a vaga para a “direita linha dura” do PSL e do Movimento Brasil Livre.
Dentre os candidatos que não conseguiram a reeleição estão políticos tradicionais do Paraná. Os três deputados que se elegeram pelo PSDB em 2014, por exemplo, ficaram de fora desta vez. Valdir Rossoni, Alfredo Kaefer e Luiz Carlos Hauly saem do Legislativo depois de décadas como deputados.
Osmar Serraglio (PP), que chegou a ser primeiro-secretário da Câmara, também não conseguiu a reeleição. O mesmo vale para Leopoldo Meyer (PSB). Todos com postura mais ou menos de centro-direita e repelidos agora pelo eleitor.
Em seu lugar, entraram figuras da bancada da bala, por exemplo. Caso do Sargento Fahur, que já andou dizendo que queria mesmo era cortar cabeças de bandidos. E de Felipe Francischini (PSL), filho do deputado Fernando Francischini (PSL).
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O PSL elegeu também a chefe de gabinete do deputado estadual Missionário Ricardo Arruda (PSL), Aline Sleutjes. Outro da lista do partido é Filipe Barros, vereador de Londrina e um dos nomes mais importantes do MBL no Paraná durante o impeachment de Dilma.
Outra figura da direita hardcore é Paulo Martins, do PSC. Ligado a Ratinho Jr. (PSD), o jornalista já era suplente e agora se tornou um dos deputados mais votados do Paraná.
Isso significa que o Paraná deverá ter papel relevante na aprovação de medidas duras contra os direitos humanos, especialmente caso se confirme a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) no próximo dia 28.
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