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Os vereadores deram início ao trâmite da proposta que, em tese, poderia levar ao passe livre para estudantes nos ônibus da cidade. A proposta começa a tramitar quase um ano depois de os estudantes terem invadido a Câmara para protestar, ainda na onda de protestos que varreu o país.

Na época, para liberar o plenário, os vereadores fizeram um acordo de que colocariam o projeto em tramitação. Desde lá, alegaram demora na apresentação de documentos para que o processo pudesse ser tocado, e só agora a coisa começou a andar como havia sido prometido.

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É difícil saber quanto o passe livre custaria ao município. No total, sabe-se que o transporte coletivo custa hoje para rodar pouco mais de R$ 1,1 bilhão ao ano. Fazendo uma conta conservadora, é possível imaginar que 20% das passagens deixariam de ser pagas caso os estudantes viajassem de graça nos ônibus. Isso criaria um rombo de mais de R$ 200 milhões no sistema.

Para pagar isso, haveria mais de uma maneira. Uma delas seria aumentar a tarifa de quem continuasse a pagar, proporcionalmente. Ou seja: cada um dos pagantes arcaria com 20% a mais (supondo) para cobrir a nova gratuidade. Isso elevaria o preço da passagem para mais de R$ 3,30, o que seria politicamente inviável (se aquelas manifestações foram por R$ 0,20, imagine o que ocorreria com um aumento de mais de R$ 0,50…

Também poderia haver aumento de impostos, como o IPTU. Mas isso também traz custos políticos, e é preciso lembrar que o prefeito enfrentará a reeleição daqui a dois anos. Cortar outros custos? Não é fácil achar R$ 200 milhões em gorduras anuais para cortar.

O fato é que muito se falou desde junho de 2013 sobre maneiras de reduzir custo das passagens, mas fora pela retirada de impostos, só houve medidas pontuais e ideias que ainda não saíram do papel. Por enquanto, portanto, fica difícil imaginar que alguém vá falar em passagem gratuita para qualquer um.