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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, foi acusado pela revista Época deste fim de semana de aceitar carona em jatinho de uma empresa privada. Uma empresa, diga-se, que mantém contratos com o governo. E que doou dinheiro para a campanha de Gleisi Hoffmann.

Em princípio, a denúncia parece frágil: se baseia no depoimento de dois deputados que teriam visto o ministro e a esposa usando o avião da Sanches Tripoloni, empreiteira responsável pelo Contorno Norte de Maringá.

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O que parece muito mais estranho é o silêncio do ministro sobre o assunto. Se é algo fácil de responder, porque o ministro não fala logo sobre o tema? Manter o silêncio parece uma péssima estratégia; ou a única estratégia de quem não tem como se explicar.

Paulo Bernardo disse recentemente que aceitaria sem restrições o convite para ir ao Senado e explicar sua participação em obras ferroviárias e rodoviárias no governo passado. Foi convidado, disse que era só marcar a data que ele iria.

Agora, nesse caso, a Época diz ter feito a pergunta quatro vezes ao ministro. A reportagem da Gazeta de hoje também diz ter tentado contato. E nada. Só o silêncio.

Será que o ministro topa falar também sobre isso no Congresso? Espera-se que ele diga que sim.

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