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Se a investigação da Polícia Federal estiver certa, o governo do Paraná tem responsabilidade indireta sobre o massacre de 33 presos em Roraima. As ordens para a chacina teriam partido de um preso dentro do presídio de Piraquara.

Não é de hoje que há indícios da ação do PCC dentro de cadeias paranaenses. Um vídeo de 2014 mostrava detentos na Penitenciária Estadual de Piraquara fazendo diariamente uma saudação do PCC, em coro, ao ar livre, sem que ninguém os incomodasse.

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“Unidos venceremos”, gritavam, antes de falar o número 1533 e as iniciais do Primeiro comando da Capital, facção supostamente responsável pela chacina.

As gravações ocorreram em 2014, mesmo ano em que, segundo a Polícia Federal, um presidiário conhecido como Sumô, em Piraquara, teve seu celular interceptado. Nas gravações, de dentro da cadeia, ele dava ordens e negociava armas.

A responsabilidade do governo – cujo então secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, agora elogia em público a chacina – não é apenas por permitir que o PCC tomasse conta das cadeias.

Nas gravações, o preso diz que manter um celular dentro da cadeia paranaense custava R$ 5 mil. E que em cada galeria havia dois aparelhos.

O governo do estado evidentemente nega que os presídios tenham sido tomados pelo PCC. Mas no mesmo ano de 2014, Beto Richa sofreu uma série de rebeliões nas penitenciárias – chegou a insinuar que por obra de seus adversários, já que era ano de eleição para o governo.

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De lá para cá, houve menos rebeliões. Mas, segundo a PF, Sumô teria dado a ordem para a ação daqui do Paraná. Os celulares continuam à disposição dos presos? Eis uma pergunta que a Secretaria de Segurança precisa responder.

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