Diretor de teatro e cinema, Paulo Biscaia, ativo participante das discussões sobre cultura na cidade e no estado, não esconde em quem votou em 2010. Foi de Beto Richa. E o motivo? “O Paulino Viapiana tinha feito um bom trabalho na Fundação Cultural de Curitiba quando o Richa foi prefeito”. Agora, três anos depois, Biscaia diz estar arrependido.
O diretor diz que não participou das manifestações de ontem contra a fusão da Secretaria da Cultura (com a do Turismo) por que está com filha pequena e cuidando de outros projetos. Mas conta que se arrependeu do voto. Não pelos responsáveis pela área de cultura. Continua elogiando Viapiana e Monica Rischbieter, do Guaíra, por trabalhos anteriores. “O problema é vertical”, diz.
Biscaia diz que a fusão das duas secretarias mostra que Richa (assim como, na opinião dele, Requião) não leva a cultura a sério. “Agora o Viapiana diz que as duas estruturas vão se beneficiar da fusão. Mas que sentido faz dois endividados se juntarem achando que as coisas vão melhorar?”
Para o diretor, que faz questão de dizer que não está à frente das manifestações, o que falta é interesse político. “Na minha época de estudante de teatro, o Guaíra tinha óperas, o Teatro de Comédia do Paraná, o balé era forte. Agora, até o edital de cinema sai no susto, de vez em quando”, opina.
Apesar da decepção, Biscaia diz que não tem candidato ainda para 2014. Não vê ninguém, em nenhum partido, com um planejamento decente para a área ou para o estado.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS