Muito se fala sobre a polarização entre Osmar Dias e Ratinho Júnior, empatados na disputa pelo governo do estado. De vez em quando alguém lembra de incluir Cida Borghetti na história. Mas o levantamento da Paraná Pesquisas obriga a falar de um outro fator.
É virtualmente impossível que Alvaro Dias, olhando os números, não se sinta tentado a disputar o governo do estado novamente. Se o irmão Osmar consegue um honroso empate com Ratinho, Alvaro, no mesmo cenário, sobra. Para cada dois votos de Ratinho, faz três, com chance real de vencer no primeiro turno.
Alvaro decidiu brincar de ser candidato a presidente. Provavelmente sabe que não tem chance de nada. Pode querer uma vice? E é estranho alguém tão pragmático trocar o quase certo por algo que parece impossível, por mera vaidade. E, também, claro, por um acordo com o irmão.
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Alvaro se elegeu governador jovem nos anos oitenta. Desde lá, tentou pelo menos duas vezes voltar. Perdeu por pouco para Lerner e para Requião. Se viu encastelado no Senado, onde passou a se entender como parte do cenário nacional. Um caminho mais elevado mas, convenhamos, indesejado para quem sonha com o Executivo.
Os 43% de intenções de voto poderão fazer o senador mudar de ideia? É cedo para dizer. Mas, por enquanto, Alvaro está na melhor situação possível. Tem um irmão que não consegue deslanchar na frente do opositor e que não parece ter o jogo de cintura para ver que, ou fecha uma coalizão em breve (começando por escolher um partido) ou pode ser comido pela campanha do irmão.
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