A primeira pesquisa do Ibope para a prefeitura de Curitiba deixa duas coisas claras. Primeiro: a eleição vai ter segundo turno. Segundo: não está fácil para ninguém. Quem quer que diga a essa altura saber qual vai ser o resultado está meramente sendo arrogante.
Num primeiro momento, os principais candidatos estão longe de conseguir maioria necessária para vencer no primeiro turno. Mais do que isso: o candidato que teve mais intenções de voto no levantamento, Rafael Greca (PMN), teve menos da metade da soma dos adversários: 21% contra 50%.
Isso se deve a mais de um fator. Primeiro, o desgaste natural do prefeito Fruet, ainda mais no meio de uma crise econômica. Seria difícil imaginar que ele teria os mesmos índices que Beto Richa (PSDB) teve durante sua reeleição, em 2008, em meio a uma bonança.
Outro fator relevante é o fato das múltiplas candidaturas. O grupo de Richa se fragmentou, e com isso todo mundo achou que era hora de tentar seu lugar ao sol. Na centro-esquerda, Fruet também não sendo uma unanimidade, surgiu espaço para outros nomes.
O resultado disso é que Curitiba hoje tem mais pré-candidatos a prefeito do que salões Marly, farmácias Nissei ou restaurantes Madero. E todos mordem uma fatia, ainda que pequena, do eleitorado. É provável que até o mês que vem algumas candidaturas se mostrem apenas balões de ensaio – mas dificilmente será o suficiente para repassar muitos votos a qualquer dos líderes.
Assim, a corrida começa com três nomes mais fortes (Greca, Requiãozinho e Fruet) e uma manada de outros candidatos com algum potencial para incomodar. Com tudo isso, a única certeza é de que deve ser uma corrida apertada, sem grandes vantagens entre o líder e os demais – com tudo para ser levada ao segundo turno.
A pesquisa foi realizada entre 2 e 6 de julho com 805 eleitores de Curitiba. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos com nível de confiança de 95%. pesquisa Ibope foi encomendada pela Rede Massa e foi registrada na Justiça Eleitoral com o número PR05852/2016.
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