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Piva, a estrela do debate

Antonio Costa/ Gazeta do Povo
Piva…
Reprodução/Brittanica
… e seu sósia famoso.

Não houve discordância entre quem estava no estúdio da Band ontem acompanhando o debate para o Senado. A grande estrela da noite foi o desconhecido Luiz Romero Piva, do PSol.

Para se ter uma ideia do desempenho do candidato, o ex-governador Requião, que não é de elogiar ninguém, começou as suas considerações finais, no último bloco do debate, com as seguintes palavras:

“Gostei desse Piva. Caboclo arretado. E um pouco exagerado, cá entre nós”.

Piva era o menos conhecido dos seis debatedores. Chegou depois de todo mundo, quando os outros candidatos já tinham sido rodeados pela imprensa presente. Ninguém nem reparou nele.

O show particular de Piva começou na primeira fala. Agradeceu à Band pelo espaço. “Porque aquele tempinho que me deram no TRE… Se eu espirrar e você disser saúde, acabou!”

Piva deu uma de franco-atirador, no estilo Plinio de Arrruda Sampaio (os dois sabem que não vão ganhar, então podem fazer esse tipo de coisa).

Defendeu o fim do Senado, que só serve “para acomodar coronéis”. Colocou Ricardo Barros na parede levantando o fato de que ele tem condenação por improbidade administrativa.

Para Fruet, disse o seguinte: “Você é um cara bacana, mas tira o Alvaro do seu programa”. Piva, que é professor em Almirante Tamandaré, diz que os professores não entendem quem gosta do apoio de Alvaro. ainda a velha história do confronto com a polícia, em 1988… “Tira ele. Essa é a minha dica. Fica de graça”, disse, fazendo a plateia, e o próprio Gustavo Fruet, rirem. Claro que, quando pôde, mais tarde, Fruet defendeu Alvaro.

A intervanção que mais fez a plateia rir, no entanto, foi nas considerações finais. Piva disse que o marqueteiro de Beto Richa deve ser Inri Cristo. “Fica lá, dizendo ´meu pai'”

Piva foi mais longe. Disse que os candidatos “ricos” ficam falando de seus pais. “Mas eu quero contar uma coisa para vocês. Pobre também tem pai”. Disse que, apesar de seu pai não ser rico e famoso, trabalhou muito para que ele pudesse ser professor e chegar onde chegou. Terminou mandando um beijo para seu próprio pai.

No fim do debate, ainda fez mais barulho porque alguém na plateia reparou que ele é a cara do príncipe Charles.

Já fora do estúdio, recebeu, aí sim, atenção da imprensa. Comentou até sua semelhança com o príncipe inglês. “Meus alunos em Tamandaré sempre falaram isso. Agora, que a princesa Diana morreu, lembram menos”.

E ainda viveu um último momento engraçado. Uma jornalista disse que ele havia ganhado seu voto. Mas como ele lá fora estava fumando e ainda jogou o palito de fósforo no chão, ela estava repensando a decisão.

“Olha”, disse ele. “Quando a gente está errado, o melhor é ficar quieto. Desculpe…”, falou, todo sorridente.

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