Um dos grandes mistérios que pairam sobre o Centro Cívico de Curitiba por esses dias é até onde pode ser verdadeiro o boato de que o deputado Plauto Miró, do DEM, teria decidido fazer uma delação premiada para aliviar sua pena na Operação Quadro Negro.
Há histórias de todo tipo. E em alguns cenários desenhados Plauto teria plantado uma bomba que seria capaz de derrubar não só colegas de Assembleia Legislativa como também gente mais graúda, do Executivo. Mas será que ele fez isso mesmo?
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De uma coisa, ninguém tem dúvida. Plauto terias condições de contar qualquer coisa que acontece ou viesse a acontecer na Assembleia Legislativa. Primeiro secretário desde a reeleição de Beto Richa, tem trânsito entre os deputados e também no Palácio Iguaçu.
Na Quadro Negro, seu nome aparece em delações ao lado de outros figurões da política local, como Valdir Rossoni (chefe da Casa Civil), Ademar Traiano (presidente da Assembleia), Durval Amaral (conselheiro do TC) e seu filho, Tiago Amaral (deputado estadual).
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A delação de Eduardo Lopes de Souza também implica o governador Beto Richa, que teria sido beneficiado com desvio de dinheiro de obras em escolas públicas para sua campanha de reeleição em 2014. Desnecessário dizer: todos negam as acusações.
Plauto é o único “suposto delator” do grupo. Tem gente que dá sua negociação com o Gaeco como certa – seus resultados como devastadores. Há quem diga que isso jamais aconteceu nem acontecerá. “Só quem não conhece o Plauto acha que ele seria capaz de uma coisa dessas”, diz um correligionário não mencionado nas delações.
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No entanto, de fato o deputado contratou como seu advogado Antônio Figueiredo Basto, um craque em negociar delações, com experiência na Lava Jato.
Em todo caso, tem muita gente sem dormir na Assembleia, à espera do que possa a vir ser revelado nos próximos dias. Até porque uma delação de um deputado tem peso muito maior do que a incriminação que sai da boca de um empresário desconhecido.
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