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A abertura de documentos sobre a ditadura militar no Arquivo Público de Brasília tem permitido descobrir novos fatos sobre os vinte e um anos de período de exceção. Quem tem feito o trabalho até agora é o Correio Braziliense.

Nas quase cem caixas de documentos cujo sigilo foi retirado, os repórteres encontraram, entre outras coisas, investigações mostrando o papel de policiais militares e integrantes da Forças Armadas na proteção da prostituição em Brasília.

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Segundo uma das reportagens da série, “não só havia muita prostituição na capital do país durante a ditadura como ela recebia proteção e era comandada por integrantes da Polícia Militar e das Forças Armadas. Eles também recorriam corriqueiramente aos serviços de mulheres, travestis e michês. A constatação é dos serviços de inteligências dos órgãos de segurança”.

Os documentos também mostram, por exemplo, o trabalho do Exército para investigar “padres comunistas” no Distrito Federal. Segundo um dos textos, a ação dos padres tinha como clara intenção “separar o povo do governo, colocando-os em campos opostos. Para isso, deturpam a ação governamental e desmoralizam as autoridades constituídas”.

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