A abertura de documentos sobre a ditadura militar no Arquivo Público de Brasília tem permitido descobrir novos fatos sobre os vinte e um anos de período de exceção. Quem tem feito o trabalho até agora é o Correio Braziliense.
Nas quase cem caixas de documentos cujo sigilo foi retirado, os repórteres encontraram, entre outras coisas, investigações mostrando o papel de policiais militares e integrantes da Forças Armadas na proteção da prostituição em Brasília.
Segundo uma das reportagens da série, “não só havia muita prostituição na capital do país durante a ditadura como ela recebia proteção e era comandada por integrantes da Polícia Militar e das Forças Armadas. Eles também recorriam corriqueiramente aos serviços de mulheres, travestis e michês. A constatação é dos serviços de inteligências dos órgãos de segurança”.
Os documentos também mostram, por exemplo, o trabalho do Exército para investigar “padres comunistas” no Distrito Federal. Segundo um dos textos, a ação dos padres tinha como clara intenção “separar o povo do governo, colocando-os em campos opostos. Para isso, deturpam a ação governamental e desmoralizam as autoridades constituídas”.
Siga o blog no Twitter.
Curta a página do Caixa Zero no Facebook.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS