A Polícia Militar afirma estar negociando a retirada do acampamento em defesa do ex-presidente Lula que se formou nas proximidades da sede da Polícia Federal em Curitiba, no Santa Cândida.
Desde a sexta-feira passada, dia 6, existe uma decisão judicial que impede a formação de acampamentos na cidade sem autorização prévia da prefeitura. Foi o mesmo interdito proibitório que mandou retirar as pessoas de frente da PF no dia da prisão de Lula.
Até agora, a polícia não cumpriu a determinação, e o acampamento tem centenas de pessoas. Dia a dia, elas seguem por lá, acompanhando as notícias sobre Lula, recebendo políticos que vêm prestar solidariedade ao ex-presidente e fazendo atividades políticas. Também há apresentações artísticas.
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Os líderes do acampamento dizem que ainda não receberam qualquer informação oficial de que precisam sair. A Secretaria de Segurança, por sua vez, diz já ter iniciado as conversas. Aparentemente, não há pressa: até porque a última coisa que os dois lados querem a essa altura é um conflito.
Em tese, caso a polícia mande as pessoas saírem e elas se recusem, seria necessário cumprir a ordem à força. Mas isso poderia gerar um caos que, definitivamente, não é interessante para a nova governadora do Paraná, Cida Borghetti, às vésperas de uma eleição.
No dia da prisão de Lula, já houve repressão dura da PF e da PM, com dezenas de feridos.
Monitoramento
Em nota, a Secretaria de Segurança diz que, além, de conversar com os manifestantes, está monitorando as atividades que ocorrem no local.
“A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, através da Polícia Militar, está mantendo contato permanente com representantes dos manifestantes para discutir a questão, respeitando o livre direito de manifestação. Além disso, o Departamento de Inteligência do Estado do Paraná está monitorando as manifestações.”
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