Um estudo feito com dados de 1,7 milhão de pessoas em várias regiões do planeta, publicado na revista médica The Lancet, mostra que a pobreza e a desigualdade social diminuem mais a expectativa de vida do que a obesidade, o álcool e a hipertensão.
Segundo o documento, assinado por especislistas de Harvard, do King’s College e da Universidade de Columbia, entre outros, a pobreza é responsável por diominuir a expectativa de vida em 2,1 anos em adultos.
Na comparação, o álcool reduz a expectativa de vida de um adulto em um ano; a obesidade em 0,7 ano; e a hipertensão em 1,6 ano. Os fatores que prejudicam mais do que a pobreza medidos no estudo são a diabete (3,9 anos); o sedentarismo (2,4) e o pior de todos, o cigarro (4,8 anos).
Os autores do estudo, divulgados em uma reportagem do jornal espanhol El País, questionam, a partir dos dados, as autoridades sanitárias por não fazer em relação à pobreza o mesmo esforço que é feito em relação aos demais fatores, às vezes menos perigosos.
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Todos os outros fatores medidos pela pesquisa estão incluídos no plano da OMS para reduzir em 25% a incidência de cada indicador em 25% até 2025. Mas o documento da ONU não menciona a pobreza.
“Nossos achados sugerem que as estratégias e ações globais definidas no plano de saúde da Organização Mundial de Saúde exclui um importante determinante da saúde de sua agenda”, dizem os pesquisadores.
“A adversidade socioeconômica deve ser incluída como um fator de risco modificável nas estratégias locais e globais de saúde, nas políticas e na vigilância dos riscos para a saúde.”
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