Frente às denúncias da série de reportagens “Polícia fora da lei”, o governo do estado tem duas alternativas. em uma, mostra seriedade e pune com severidade todos os envolvidos. Todos. Sem exceção.
Em outra, por medo da reação dos policiais, deixa tudo por isso mesmo. Começa uma daquelas investigações que não têm fim e, daqui a anos, afirma que nada foi provado, como costuma acontecer na política brasileira em geral (e na paranaense especificamente).
As denúncias são graves. Neste fim de semana, por exemplo, provou-se sem sombra de dúvida que oito membros da cúpula da Polícia Civil usam nosso dinheiro como se fosse deles. Sabendo da impunidade, brincam de usar carros oficiais como se fossem comprados para ir à praia. Ou ao bordel.
Há fotos mostrando todas as situações. É claro que é preciso seguir o trâmite legal, com o processo interno de sindicância, etc. Mas que não se venha com a conversa de que isso deve levar mais do que o estritamente necessário.
O governador Beto Richa (PSDB) terá de escolher: prefere agradar meia dúzia de policiais corrompidos ou fazer o que prometeu, e entregar uma segurança pública decente à população.
Não é hora de meios termos, de compromissos, de esperas. As provas estão aí. Punam-se todos ou admita-se que vivemos numa bagunça generalizada.
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