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Uma reportagem da revista Piauí enfureceu o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PPS), que saiu em defesa de sua cidade. A matéria, do repórter Rafael Moro Martins, descreve a cidade como “capital da Reaçolândia”, e saiu no site da Piauí na semana passada.

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Quem acompanhou os jornais nas últimas semanas (ou a vida de Ponta Grossa nas últimas décadas) não vai achar difícil entender os motivos da pauta. Rafael visitou a cidade depois de uns dois ou três escândalos que a cidade conseguiu colocar na imprensa nacional.

O caso mais recente foi o de um vereador evangélico que ameaçou de prisão a cantora Pabllo Vittar, drag queen convidada para abrir a tradicional München Fest em 5 de dezembro. Sabe-se lá com base em quê, Ezequiel Bueno disse que iria prender Pabllo caso ela resolvesse sair pelas ruas da cidade.

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Pouco antes, a principal associação empresarial do município, a ACIPG, havia feito publicar em jornal local uma exaltação ao general Amilton Mourão – aquele que andou ameaçando o país com uma intervenção militar. A mesma associação, em 2014, pediu que se cassassem os direitos eleitorais dos beneficiários do Bolsa Família.

Rafael entrevistou todo esse pessoal e juntou com a frase de Kim Kataguiri, que chamou o Paraná de “Reaçolândia” em sua mais recente visita ao estado. Quem quiser conferir o resultado clica aqui.

Não aceito!

Marcelo Rangel, porém, foi às redes sociais dizer que “não aceitará” isso. (Até onde se saiba, o prefeito não tem que aceitar nada, mas enfim.) “Não gostei e venho publicar o contraditório”, diz ele, em seu textão de Facebook.

“Na verdade, Ponta Grossa sempre foi uma grande cidade politizada, ‘rebelde’ e com opiniões fortes sobre ideologias políticas. A reportagem neste sentido esta certa. Mas muito longe de ser radicalmente taxada (sic), como extremista em seus posicionamentos. Pelo contrário, nossa pluralidade democrática, sempre foi muito rica, e as disputas eleitorais, sempre tiveram pleitos acirrados”, afirma o prefeito, reeleito em 2016.

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De direita? Eu?

Um dos objetivos de Rangel no post é “desmentir” que tenha se afirmado como um político de direita. “Foi dito que o prefeito Marcelo Rangel se assume publicamente como um político de direita. Isso está errado!”

“Disse em uma certa vez – ‘Quanto mais eu conheço países do primeiro mundo, mais à direita eu fico’, pelo simples fato que, países capitalistas tem menores índices de pobreza e os que dizem socialistas, na verdade socializaram somente a miséria, porém, talvez o jornalista tenha entendido equivocadamente”, afirmou.

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Depois de citar programas de inclusão social, Rangel acaba se dizendo ” de centro”, com viés e defesa da economia livre e incentivo aos empreendedores, empresários, industriais e pesquisadores. (Uma definição que poderia muito bem ser lido como “de direita”, mas isso é outra história.)

E termina o textão dizendo:

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“Se formos taxados (sic) de capital da ‘Reaçolândia’ no sentido de nos indignarmos com a corrupção produzida pela esquerda fajuta e cartelista que atuava no Brasil ou da direita espetaculosa e preconceituosa de exclusão de direitos dos coronéis de poder, aí sim, poderemos aceitar esse título.”

Está posta a polêmica.

 

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