O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), antecipou à rádio CBN que considera que a colocação do horário de ônibus em todos os pontos da cidade, conforme aprovado pela Câmara Municipal, vai causar um “custo brutal” para o município.
Pela lei, o horário deveria estar em todos os pontos. Fruet diz que são oito mil pontos e que as placas necessárias seriam caras e precisariam ser renovadas periodicamente. Além disso, ressaltou que o horário está disponível na internet, e que metade da população tem acesso à internet e às redes sociais.
Para evitar o custo, Fruet poderá não sancionar o projeto na íntegra. A repórter Andressa Tavares, da CBN diz que ele sancionará “com ressalvas”. “Não queremos transferir todo esse custo para a tarifa, ou tirar da saúde ou da educação”, disse.
A Urbs realmente disponibiliza o horário na internet e, inclusive, mostra onde está cada ônibus a cada momento. No entanto, esse serviço, para quem está na rua, só funciona para quem tem smartphones, créditos, conta ou conexão boa. E muita gente fica sem o serviço. Como todos têm direito de saber, o horário nos pontos seria realmente a solução.
Quanto aos custos, os vereadores Bruno Pessuti (PSC) e Jonny Stica (PT), que apresentaram a proposta dizem que bastaria um sistema mais simples, com a impressão do horário.
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A discussão é boa. Além do custo, ponto levantado pelo prefeito, e que realmente tem de ser levado em conta, é preciso pensar se isso levaria o serviço a melhorar. Existe a possibilidade, ainda, de o serviço sendo melhor conseguir atrair mais usuários, aumentando a receita, e, quem sabe, pagando os próprios custos da sinalização.
O preço do sistema, afinal, não pode ser motivo para que o serviço se degrade ou não melhore. Pois é isso, em parte, que afasta hoje a população dos ônibus da cidade.
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