O presidente da Câmara de Curitiba, Aílton Araújo (PSC), admite: algumas das justificativas apresentadas por seus pares para não comparecer às sessões podem ser pouco convincentes. Araújo fez o comentário depois do levantamento do blog que mostrou que a Câmara abonou 384 ausências dos vereadores em 2015.
“Meu papel é botar a justificativa em votação”, afirmou o presidente. Ou seja: a aprovação não depende somente dele, mas do plenário. As justificativas, de acordo com Araújo, em geral são convincentes e cobrem apenas uma ausência momentânea do plenário. Mas, diz ele, “pode haver um ou outro caso abusivo”.
Segundo ele, o normal é que o vereador esteja na sessão e apenas se ausente durante a chamada. “Pode ter ido atender alguém ou dar uma entrevista.” Nesses casos, segundo ele, a aprovação da justificativa, que isenta o vereador de um desconto no salário, é normal. O que pode ser “abusivo” é a apresentação de desculpas para não estar presente em toda a sessão sem uma justificativa formal.
O blog mostrou que muito vereadores evitam ter as faltas descontadas afirmando apenas que estavam em “compromissos políticos” ou “atendendo interesses da população”, sem sequer especificar o que estavam fazendo.
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