Superlotação nos presídios. Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo.| Foto:

Marcos Gomes dos Santos foi preso em flagrante no dia 3 de agosto por furto. Seis barras de chocolate, dois desodorantes e um perfume. Um total de R$180 em mercadoria furtadas. E uma fiança de R$937 reais que Marcos não tinha como pagar o mantiveram na carceragem do 8º Distrito Policial (DP), no Portão, onde ele foi assassinado no último sábado (12).

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Ele tinha 40 anos e várias passagens pela polícia. Segundo o relato dos policiais o assassinato ocorreu por conta de um desentendimento com outro presos. Durante a discussão Marcos teria sido empurrado e batido a cabeça. Mas o Conselho da Comunidade apurou que ele já apresentava várias lesões no tórax antes mesmo de entrar na cela.

Marcos deveria ter sido transferido nesta terça-feira (15) para o Complexo Médico Penal em Piraquara para cumprir uma diligência de insanidade mental. A demora para fazer a transferência teria sido por falta de um despacho judicial e pela falta de vagas no CMP.

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Caos nos presídios

Reportagem publicada no UOL nesta semana mostra que os presos morrem mais pelas condições precárias do que pela violência. O exemplo citado no levantamento é o do Rio de Janeiro. Entre 1º de janeiro de 2015 até 1º de agosto deste ano 517 detentos morreram em decorrência de doenças. Grande parte delas tratáveis, como tuberculose, sarna e HIV. Nesse período 37 foram assassinados dentro das celas.

Leia mais no UOL: “Massacre silencioso”: doenças tratáveis matam mais que a violência nas prisões brasileiras.

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