Os principais concorrentes de Beto Richa (PSDB) na eleição para o Senado começaram a se manifestar nesta terça sobre a prisão do ex-governador. Em geral, os candidatos evitam comemorar a queda de Beto, mesmo sabendo que isso dificulta sua possibilidade de vitória.
“Os fatos recentes no Paraná são terríveis, constrangedores”, afirmou no Twitter o senador Roberto Requião (MDB), antigo desafeto de Richa. “Mas que os acusados tenham amplo direito de defesa e prerrogativas constitucionais mantidas. Justiça firme e dura com a corrupção, dentro dos limites estritos da lei.”
Alex Canziani (PTB), parceiro de chapa de Beto Richa, também disse que é preciso evitar prejulgamentos. “Todo apoio às investigações e que a verdade venha à luz. No entanto, sem prejulgamentos para não se cometer injustiças.”
Mírian Gonçalves (PT), denunciou a prisão como sendo eleitoreira. “Sem entrar no mérito se os que hoje foram presos são culpados ou não, fica evidente a tentativa de influenciar o processo eleitoral, escolhendo quem pode e quem não deve ser eleito. Essas prisões têm caráter eminentemente eleitoreiro. O nome disso é Estado de Exceção.”
Para Nelton Friedrich (PDT), é “muito constrangedor que o Palácio Iguaçu receba mais oficiais de Justiça do que pessoas interessadas em promover o bem do Paraná”. “É preciso prestar muita atenção porque essa gente queria se eleger para o Senado e continuar governando o Paraná.”
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS