A declaração de um vereador de Ponta Grossa afirmando que poderia prender a cantora Pabllo Vittar caso ela saísse às ruas da cidade causou comoção e protesto na cidade. A drag queen foi chamada para abrir a München Fest, festa mais tradicional da cidade, em 5 de dezembro.
O vereador responsável pela ameaça foi o pastor Ezequiel Bueno. Segundo ele, Ponta Grossa nem deveria receber o show da cantora, já que é uma cidade conservadora. Mas enquanto fosse só um show, tudo bem.
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“Mas se [Pabllo] inventar de sair na rua ou nas escolas, eu vou prender. Mesmo que depois eu seja preso por abuso de autoridade. Eu não vou deixar uma pessoas dessas entrar nas escolas e ensinar diversidade sexual para as crianças”, disse.
Protesto
Na sessão desta quarta, dezenas de pessoas do movimento LGBT e simpatizantes tomaram as galerias da Câmara durante a sessão. O pastor chegou a ser vaiado. Um homossexual e sua mãe deram depoimentos e pediram respeito.
Ezequiel Bueno disse que sua fala se devia a um post do Facebook do deputado federal Jean Wyllys em que ele anunciava uma suposta turnê com Pabllo Vittar pelo país para falar em escolas sobre diversidade e gênero. O post era falso. O vereador acabou emitindo uma nota de explicações.
Outros vereadores também reagiram e chegaram a sugerir que o dia do show, 5 de dezembro, entre para o calendário municipal como dia de combate à intolerância e ao preconceito.
A assessoria da cantora, procurada pelo blog, afirmou que não vai comentar o caso e que o show está mantido.
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