Os professores da rede pública de ensino do Paraná apresentaram quatro demandas nesta terça à Secretaria de Estado da Educação. Os pedidos foram resumidos em uma carta chamada “Pauta em defesa da legalidade”.
Além de reclamar por não estarem recebendo reajustes da inflação desde o ano passado – o governo Beto Richa alega falta de caixa para cumprir o que tinha prometido (e inclusive colocado em lei) – os professores, via seu sindicato, exigem outras melhorias nas condições de trabalho.
Afirmando que a educação “não pode ter retrocessos”, o documento diz que o governo teria de onde tirar dinheiro para dar reajuste aos profissionais, caso quisesse. E cita alguns valores que, do ponto de vista da APP, poderiam ser menores.
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Por exemplo, os R$ 172 milhões que o governo pagou de salário a comissionados em 2016; ou o que gastou em publicidade no mesmo período: nada menos do que R$ 235 milhões; em transporte, hospedagem, diárias e combustíveis foram R$ 185 milhões.
Com tudo isso, diz o sindicato, seria possível atender a primeira demanda da categoria, que é a de pagar 8,53% de salários já consumidos pela inflação. Segundo os professores, caso o governo vá em frente com a ideia de não dar reajuste até 2019, o acumulado passará de 14%.
Outras exigências
A segunda demanda é um tema que está no Judiciário: os professores querem que o governo retome a antiga contagem de horas na distribuição da hora-atividade. A lei exige 30% de tempo fora de sala; mas agora o governo “descobriu” que cada hora/aula são apenas 50 minutos, e com isso fez os professores darem mais aulas para chegarem aos dois terços.
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Os professores também pedem um edital imediato do PDE e o reconhecimento de mestrado e doutorado para que avancem na carreira; e, por último, equiparação do vale transporte ao que é recebido pelos professores, reajuste do vale alimentação e pagamento do salário mínimo regional para os funcionários de escola que recebem menos que o mínimo regional.
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