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Vinte e seis funerárias são cadastradas no município e funcionam no sistema de rodízio.
Vinte e seis funerárias são cadastradas no município e funcionam no sistema de rodízio.| Foto:

Um projeto que que liberaria as famílias para escolherem o serviço funerário foi mais uma vez arquivado nesta quarta-feira (07) na Câmara de Curitiba. A proposta feita – pela terceira vez – por Jairo Marcelino (PSD) teve 23 votos pelo arquivamento, 6 contra e 2 abstenções.

Atualmente existe um rodízio entre as 26 funerárias cadastradas no Serviço Funerário Municipal. Nesse sistema é feito um sorteio e a família não tem liberdade de escolha na questão. A ideia é evitar que as empresas assediem as famílias justo no momento em que estão mais sensíveis.

“Não quero acabar com rodízio, tem que continuar. Mas o município não pode cercear o direito da população de escolher”, disse Marcelino. O vereador também diz ser um pedido da população que muitas vezes tem que pagar taxas extras para itens não obrigatórios.  Caso da tanatopraxia, técnica utilizada para preservar o corpo por mais tempo.

Rejeitado três vezes na Câmara, Marcelino diz que não apresentará outra vez o projeto. “A responsabilidade junto à população agora é do município”.

A vereadora Professora Josete (PT), votou pelo arquivamento. “[O projeto] é uma forma disfarçada de acabar com o rodízio”. Segundo a vereadora, a proposta abriria um precedente para a volta da antiga prática de disputa entre funerárias e a venda de serviços muitas vezes desnecessários. “O rodízio foi uma forma de diminuir a exploração das famílias na hora da morte”, afirma.

CPI das Funerárias

Em março deste ano o vereador Tico Kuzma (Pros) falou em sessão sobre a possível abertura de uma CPI para investigar as funerárias. Em maio, Ezequias Barros (PRP) também sugeriu a instalação de uma ao relatar um constrangimento pessoal que sofreu no funeral de sua mãe.

Para Professora Josete uma CPI sobre a atuação das funerárias “seria pertinente para acompanhar como as coisas estão se dando”. Para ela a lógica de mercado nessa situação é desumana com a fragilidade das pessoas, por isso é preciso fiscalizar.

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