Ok, cada um faz o que quer de suas férias, ou mesmo quando simplesmente não está em horário de trabalho. Portanto, nada há de ilegal na estratégia do governo de estado de liberar pessoas para a campanha de Luciano Ducci.
No entanto, no critério ético, fica a dúvida: será que essa é a melhor maneira de entender a função de secretários de estado? Parece que não, embora quase todos os governantes pensem o contrário.
A lógica da formação de um governo é (ou deveria ser) a de convocar os melhores nomes disponíveis para fazer com que a estrutura pública funcione bem. Em tese, trata-se de pessoas altamente qualificadas e que se comprometem em dedicar seu tempo à melhoria de vida da população.
No entanto, pelo que se vê, em vista da possível debandada geral de postos, o compromisso pode ser temporariamente rompido em nome de propósitos eleitorais. E fica parecendo que a busca da manutenção de poder é mais importante do que o trabalho comezinho do dia a dia do secretariado.
A debandada do governo inclui pastas fundamentais: Família e Desenvolvimento Social, por exemplo, e até mesmo a Saúde. São secretarias que perdem seus chefes temporariamente para uma campanha eleitoral. Não é ilegal. Mas faz sentido?
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