O prefeito Rafael Greca mostrou nesta semana que tem controle quase absoluto da Câmara de Curitiba e que vai aprovar com facilidade seu ajuste fiscal. Depois de alguma dificuldade nas comissões, o prefeito decidiu colocar os projetos do pacotaço em regime de urgência. Dos 38 vereadores, 28 assinaram a requisição.
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Não faria nenhum sentido um vereador pedir a urgência de um projeto que quer ver derrotado. Apenas os vereadores da oposição, um ou outro indeciso e o presidente da Câmara, Serginho do Posto, evitaram assinar a requisição. Com isso, a promessa de aprovar tudo antes do recesso de julho deve se concretizar.
A gestão de Rafael Greca tinha se comprometido a não fazer nada às pressas. Por isso, o pedido de urgência nos projetos causou chiadeira na Câmara. Mas apenas entre os poucos desgarrados que não se comprometeram a votar com o prefeito. Pier Petruzziello, líder de Greca, disse que já houve bastante discussão nas comissões.
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Apesar de ser um pacote bastante duro que, entre outras coisas, tira R$ 600 milhões do fundo de Previdência dos servidores, tudo deverá ser aprovado sem maiores oposições. Os servidores, que chegaram a jogar duro e manter vereadores em cárcere privado há duas semanas, parecem não ter conseguido apoio da população.
A situação é bem diferente do que aconteceu dois anos atrás, quando Beto Richa apresentou seu pacote de ajuste à Assembleia. Na época, os servidores conseguiram grande adesão aos protestos, que terminaram no massacre dos manifestantes pela Polícia Militar no famigerado 29 de abril.
Rafael Greca conseguiu a submissão da Câmara e seus opositores não conseguiram o que poderia funcionar como contrapartida – a mobilização da sociedade civil. Sendo assim, os servidores podem dar adeus aos R$ 600 milhões da Previdência, que vão passar a pagar as contas do dia a dia da prefeitura.
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