O ano de 2017 começou mal para o financiamento público de atividades culturais no Paraná. E só vem piorando. Eventos cancelados, redução de verbas e paralisação de atividades formam uma sequência praticamente inédita de más notícias para o setor. Veja as principais perdas sofridas na área entre janeiro e maio.
Oficina cancelada
O prefeito Rafael Greca assumiu a gestão anunciando um corte drástico para a cultura da cidade. A tradicional Oficina de Música da cidade foi cancelada porque não havia recursos. O prefeito chegou a falar que não apoiaria esse tipo de “cultura perversa” e que “não haveria música em Curitiba” enquanto houvesse “dor em praça pública.
Carnaval ainda mais pobre
A prefeitura também diminuiu o repasse de dinheiro público para as escolas de samba da cidade e anunciou o cancelamento do pré-carnaval. Tradicionalmente é a Fundação Cultural de Curitiba que banca o desfile.
Paralisação do Guaíra
Os dois corpos estáveis do Teatro Guaíra estão praticamente parados. A Orquestra Sinfônica do Paraná e o Balé Teatro Guaíra encerraram suas atividades em fevereiro por tempo indeterminado. Tudo porque o governo do Paraná, mesmo tendo anos para encontrar uma solução, não deu conta de resolver uma questão burocrática. Com isso, boa parte dos profissionais que eram pagos numa modalidade que passou a ser considerada proibida não tiveram como continuar suas atividades. E, sem eles, não há sinfônica nem balé.
Atentado no Museu
Duas telas foram danificadas por vandalismo em uma exposição no principal museu do estado, o Museu Oscar Niemeyer. Aparentemente, ninguém da direção do museu tinha percebido até que a reportagem da Gazeta do Povo revelou o problema. O caso está sob investigação.
Saque da cultura
Em maio, descobre-se que a prefeitura retirou mais R$ 12 milhões da área da cultura, supostamente para cobrir um rombo no atendimento à saúde. Segundo reportagem de João Frey, isso representa 73% do total previsto para financiamento de projetos culturais na cidade.
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