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Rafael Greca fica com a faca e o queijo na mão para negar reajustes a servidores

Rafael Greca. Foto: Antonio More/Gazeta do Povo. (Foto: )

Desde antes da eleição, Rafael Greca vinha dizendo que a Lei de Responsabilidade Fiscal não era um problema – para prefeitos sem dinheiro em caixa, era uma solução. Principalmente na hora de negar reajustes e aumentos para o funcionalismo.

Segundo ele, se não fosse a LRF, a cada vez que ele negasse um pedido dos servidores, iriam dizer que era porque ele não queria dar. Com a lei, fica fácil dizer que ele simplesmente não tem como dar.

Para o funcionalismo, é evidente que isso fez acender a luz amarela. Agora, o secretário de Finanças Vítor Puppi mudou a cor do sinal para um laranja escuro, quase vermelho. Mandou avisar que a forma de contar o dinheiro da prefeitura vai mudar.

Até hoje, o dinheiro do ônibus sempre fez parte da contabilidade municipal. O time de Greca quer mudar isso. Do ponto de vista contábil é totalmente racional: se o dinheiro serve apenas para o ônibus, nem entra no caixa e já sai, não pode ser contado junto com as receitas que estão no caixa único.

Como ajuste fiscal, uma beleza. Como notícia para o funcionalismo, dificilmente poderia ser pior. É que, como explica o excelente repórter João Frey, sem essa dinheiro o valor total de receitas da prefs cai muito. Coisa de R$ 800 milhões. E é a partir desse valor que se calcula quanto o município pode gastar com folha de pessoal.

Ou seja: sem o dinheiro do busão, fica muito mais fácil a folha chegar nos limites estabelecidos pela lei. E aí, como Greca antecipou, é só dizer que a lei não permite dar p aumento.

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