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Ratinho Jr. está a um passo de fechar com Francischini e Bolsonaro
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Há indícios de que Ratinho Jr. está mesmo para dar as mãos com Fernando Francischini e Jair Bolsonaro. Os dois grupos têm conversado e Francischini convenceu Ratinho de que ele é o candidato ao Senado ideal para a chapa. Falta só os dois lados acertarem tudo para anunciar a parceria nas convenções: aliás, marcadas estrategicamente para o mesmo dia, 21 de julho.

Francischini tem vários argumentos a seu favor para entrar na disputada chapa de Ratinho. Nas duas eleições que disputou para deputado federal fez um caminhão de votos. Desde lá, se dirigiu cada vez mais para a direita, ganhando o público da “lei e ordem”. E ultimamente é sinônimo de Bolsonaro no Paraná – e como Bolsonaro está em alta, Francischini também estaria.

Os dois já estiveram juntos em 2012, quando Ratinho era candidato a prefeito. Ao ver que estava perdendo o segundo turno para Gustavo Fruet, Ratinho inventou de anunciar o delegado da PF como responsável pela segurança, caso ele ganhasse, numa tentativa de virar o jogo. Francischini foi à tevê bem a seu modo, dizendo que “não ia passar a mão na cabeça de bandido”.

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Do lado de Ratinho, o pessoal acha que a rejeição do delegado não será um problema. Responsável pelo 29 de abril (e odiado por todo o pessoal dos direitos humanos por suas posturas radicais), Francischini dificilmente seria um candidato do tipo pacificador. É ame ou odeie. Mas os coordenadores da campanha acham que os principais candidatos ao Senado, como Requião e Beto Richa, também têm rejeição alta.

Quanto a Bolsonaro, os aliados dizem que Ratinho não conta com ele, pelo menos por enquanto, no palanque. Francischini vem por conta própria. Bolsonaro já disse de passagem pelo Paraná que sua tendência, aqui, seria apoiar Ratinho. Mas a formação de uma dupla depende em parte também da postura do PSD na campanha nacional. E o partido até agora não tomou decisão alguma.

Certo é que tanto Francischini quanto Bolsonaro tendem a levar a imagem de Ratinho bem para a direita, o que pode polarizar mais diretamente sua campanha com a de Osmar Dias, por exemplo – ainda mais se ele fechar com Roberto Requião. E isso pode ser bom ou ruim para o candidato: por um lado, Bolsonaro pode ser uma arma secreta, com sua montanha de votos. Por outro, Ratinho pode passar a campanha se explicando pelos absurdos que o candidato do PSL defende.

Tudo tem seu ônus.

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