Mauro Ricardo. Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo.| Foto:
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O Paraná vem registrando um fenômeno que já ocorre em outros estados. Com o início da discussão de leis que aumentam o imposto sobre doações e heranças para valores mais altos, há uma corrida para transferir os bens antes da nova alíquota.

Neste ano, mesmo antes de setembro, quando o governo anunciou que debateria o tema na Assembleia Legislativa, a receita do ITCMD já subiu 20%, bem mais do que a inflação do período. E isso descontando uma campanha feita para incentivar as doações antecipadas.

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Na comparação de janeiro a agosto, o ano de 2015 teve arrecadação de R$ 204 milhões no ITCMD. Em 2014, tinham sido R$ 169 milhões. Os números de setembro, quando a discussão foi levada aos deputados, ainda não estão disponíveis. As informações são da Secretaria da Fazenda.

O projeto do governo do estado prevê diminuição de alíquota (e até isenção) para heranças menores e aumento para as maiores. Quem recebe até R$ 25 mil fica isento, por exemplo. E até R$ 50 mil paga 2%. Hoje todos pagam 4%. A partir de R$ 375 mil, o imposto ficará mais caro do que é hoje.

As transferências em vida são comuns: pais repassam para os filhos seu patrimônio, e pagam o imposto antecipadamente. Assim, quando ficou claro que os estados passariam a discutir o aumento, muita gente pode ter pensado em aproveitar os meses finais com a alíquota atual para pagar menos.

Um deputado estadual governista ouvido pelo blog disse que há na base de Beto Richa (PSDB) a desconfiança de que a intenção real do governo ao apresentar o projeto fosse unicamente a de causar uma elevação momentânea de arrecadação com o imposto – para depois retirar o projeto. O governo nega e mantém a tramitação da proposta, embora pareça que ela tenha poucas chances de passar neste momento.

Veja a opinião do blog sobre imposto de heranças aqui.

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