O “recesso branco” dos deputados estaduais vai custar cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos. A conta é fácil. Os parlamentares resolveram parar as sessões daqui até a eleição, em 5 de outubro. Serão duas semanas sem atividades na Assembleia. Ou seja: meio mês sem função. Contando que os deputados pararam, na verdade, na terça passada, com um brevíssimo interregno nesta segunda para sabatinar um novo conselheiro do Tribunal de Contas, são na verdade três semanas sem trabalho.
O salário de cada deputado fica em torno de R$ 20 mil, para arredondar. São 54 deputados estaduais. Ou seja: juntos, eles recebem cerca de R$ 1.080.000 por mês, brutos. Novamente arredondando para baixo, deixemos por R$ 1 milhão. As três semanas, assim, custam R$ 750 mil em dinheiro que não trará qualquer serviço como compensação para o contribuinte. Isso sem contar o salário dos servidores dos gabinetes que ficarão parados, e dos funcionários do Legislativo em geral.
Trata-se de mais uma forma de financiamento público de campanha existente no país. Com uma diferença para as propostas sérias de financiamento público que há por aí: nesse caso, só parte dos candidatos se beneficia. A parte que recebe salário pago pelo dinheiro do cidadão, é claro. Ou seja: além de injusto com o contribuinte, o sistema é injusto também com os demais candidatos, que saem com uma desvantagem tremenda já de cara na eleição.
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