Agora, a prefeitura paulistana está afirmando que desde 20 de julho, no primeiro mês de operação dos novos limites de velocidade, o número de acidentes diminuiu em 30%. Entre outras coisas, isso significa que as pistas estão fluindo melhor: obviamente, um dos grandes problemas dos engarrafamentos é um carro que bate e trava tudo atrás dele – até chegar um guincho e tirar o caboclo de lá, já viu, todo mundo tem que ficar desviando.
Em Curitiba, não parece que seja o caso de diminuir a velocidade de nenhuma rua. Mas é possível que outras políticas “contraintuitivas” possam aumentar a velocidade do trânsito nas principais avenidas no horário de pico. Uma delas seria a aplicação de mais multas.
Claro, muita gente reclama de multa. Mas veja se não é verdade: o que mais trava o trânsito das 18h, por exemplo, é o sujeito que tenta “aproveitar” o sinal e para no meio do caminho, com o carro inteiro no meio da pista, impedindo que circule quem vem na transversal.
Os prefeitos de grandes cidades têm de ser ousados com esse tipo de política: preferência ao ônibus, com pistas exclusivas; ônibus com mais vantagens, com integração temporal; combate a infrações de trânsito e acidentes, mesmo que com medidas impopulares. São Paulo, goste-se ou não, tem sido pioneira nisso, com erros e acertos. Os outros, quando muito, estão copiando.
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