A licitação de R$ 79 milhões para reformar o palácio da Justiça foi o último legado pela administração de Clayton Camargo. Trata-se de uma montanha de dinheiro que, obviamente, ainda exigirá discussão pública, independente de quem venha a ser o novo presidente do Tribunal de Justiça.
Só para se ter uma ideia, o valor é 64% maior do que o preço pago pela construção total do Anexo do Palácio da Justiça, erguido recentemente. Na época foram consumidos R$ 48 milhões para levantar o anexo, tocado durante a gestão do desembargador Otto Sponholz.
O Anexo já foi alvo de investigações. O Tribunal de Contas do Estado questionou um possível superfaturamento, devido ao valor elevado. Depois, o caso acabou sendo levado ao Órgão Especial e ao próprio CNJ. Concluiu-se que não houve irregularidades.
Agora, a obra no Palácio da Justiça, que já existe, custará uma vez e meia esse valor. Logicamente, houve inflação desde 2005. Mas trata-se de uma reforma, não de erguer um prédio do zero.
O valor da licitação é quase equivalente ao preço inicialmente previsto para a Arena da Baixada: estimava-se que o estádio da Copa em Curitiba custaria R$ 90 milhões. Hoje, está em R$ 265 milhões. Mesmo assim, a reforma do prédio fica em um terço da reforma do estádio.
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