O ex-governador Requião gosta de se fazer passar por vítima. Vítima dos “interesses”, das “corporações”. É o cavaleiro solitário lutando contra os moinhos de vento.
Foi o que ele fez ontem, novamente. Publicou no Twitter notinhas dizendo que estava sendo chantageado pela Gazeta. Olha só! Imagina quem lê isso o que pensa.
Não custa explicar o que aconteceu de verdade. E eu sei até porque a repórter que falou com o governador (e tem tudo gravado) trabalha na mesma mesa que eu, ao meu lado.
A Caroline Olinda, pois, ligou para o Requião para fazer uma enquete. Estava perguntando a todos os principais candidatos do estado, a governo e ao Senado, qual sua posição em relação ao afastamento da Mesa da Assembleia. Simples assim.
Ligou para Fruet, Osmar, Beto, Pessuti, etc. E ligou para o Requião. Fez a pergunta, veio a resposta. Claro, Requião defendeu a punição de todos os culpados e discursou um pouquinho.
Ao fim, a Carol, que, diga-se, é uma das pessoas mais gentis da redação, perguntou, então, em qual das opções poderia encaixá-lo. Porque a enquete previa três respostas. O senhor é a favor do afastamento da Mesa: “sim”, “não”, ou “não respondeu” nem sim nem não.
Aí Requião não quis marcar o xis em nenhuma, disse que a resposta dele era aquela e desligou. Um minuto depois, enquanto a colega me explicava a conversa, já apareceu no Twitter o post da “chantagem”.
Chantagem? Ué? Fazer enquete é chantagear? Imagina só quantas pessoas por dia todos os jornais do país, sem dizer os internacionais, não chantageiam por dia!
Papel de vítima cansa. Ainda mais quando a história não faz nenhum sentido…
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