O senador Roberto Requião fez nesta semana seu mais incisivo movimento para pressionar Osmar Dias a tomar uma decisão sobre a possível aliança. Por meio do filho, o deputado estadual Requião Filho, mandou dizer que o partido está iniciando conversa com outras candidaturas.
A indefinição sobre a coligação aflige o PMDB. Requião, que ainda se apresenta como pré-candidato a presidente, embora saiba que não tem a menor chance numa convenção, quer ser senador na chapa de Osmar. Mas Osmar e os seus ainda não sabem se querem Requião a seu lado. Afinal, junto com o peso do partido vem a rejeição ao senador.
“Para nós, para a base do partido, o Osmar já tomou a decisão dele. Ele não quer o PMDB”, disse Requião Filho ao blog nesta sexta. Segundo ele, além da indefinição, há problemas programáticos. “Não adianta ser contra a Cida Borghetti e contra o Ratinho. É preciso ser a favor de algo. Qual é a política deles para as estatais, para a educação?”, disse.
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Requião Filho nega que a conversa com outros partidos seja para pressionar Osmar. “Nós temos toda condição inclusive de lançar candidatura própria. Por que não o Maurício Requião? Teria apoio do funcionalismo”, diz, citando o tio que foi secretário de Educação no governo do pai.
Do lado de Osmar Dias, aparentemente a pressão não funcionou. Ou discurso é de que caso o PMDB vá para outro lado, o candidato não perde nada; afinal, não se pode perder o que nunca se teve.
Mas a notinha provocadora do PMDB também não levou Osmar a fechar a porta em definitivo para Requião. Em tese, os dois lados sabem que ainda podem precisar um do outro, e seguem numa estranha dança que ninguém sabe se vai ou não terminar em namoro.
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