O senador Roberto Requião provavelmente não será candidato ao governo – e, no entanto, tornou-se mais uma vez peça decisiva na disputa pelo Executivo do Paraná. Nem tanto pelos votos que ainda tem, e que são muitos. Mais por ainda ter nas mãos o destino do PMDB.
Na eleição deste ano, em que os prazos serão curtíssimos, tempo de tevê será decisivo. E com as doações empresariais proibidas, levará vantagem quem tiver acesso ao fundo eleitoral e ao fundo partidário. E essas duas coisas – tempo de tevê e dinheiro público – o PMDB tem de sobra. só de tevê, o partido tem 1’26”.
No cenário mais provável, Requião socorreria a campanha de Osmar Dias. O ex-senador é candidato pelo PDT, mas está minguado de apoios. Com os partidos que já amealhou, não chega nem a um minuto de tevê. Corre o risco de ser um Enéas versão 2018: só dará tempo de dizer seu nome.
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A coalizão quase certamente teria Osmar para o governo e Requião para o Senado. Mas é de se ver até onde Alvaro Dias toparia isso – candidato a presidente, ele certamente não ia desejar o irmão com um aliado tão à esquerda.
Em última instância, Requião poderia até sair candidato ao governo, mas quase ninguém acredita nisso. Embora tenha insistido que é concorrente, todo mundo aposta que ele faz isso só para pressionar Osmar a tomar uma decisão de vez. O que, até agora, não aconteceu.
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