Pode-se acusar o governador Roberto Requião de muita coisa. De não ter opinião sobre algum assunto, porém, nunca foi o caso. Pelo contrário: Requião é do tipo que sempre tem opinião sobre tudo. E com uma convicção assustadora.
Dessa vez, não. O governador diz que não vai nem sancionar nem vetar o projeto de aposentadoria dos deputados estaduais do Paraná. Simplesmente vai devolvê-lo à Assembleia sem apreciar.
Como assim? Requião não tem opinião formada sobre o assunto? Claro que não é isso. Nunca poderia ser.
O governador já até deixou clara sua posição quando vetou o projeto na primeira versão aprovada pelos deputados. A segunda é quase igual. Por que a opinião mudaria? Não deve ter mudado.
O que mudou foi a postura. Por algum motivo, Requião decidiu não enfrentar os deputados. Jogou o joguinho do fisiologismo. Precisa de seu apoio, e decidiu dar um agrado.
Usou a velha estratégia de lavar as mãos: sujem-se vocês promulgando essa aposentadoria. Mas, mesmo sem avalizar, o governador passa a ser conivente com o projeto. Poderia vetá-lo, e não o fez.
A aposentadoria dos deputados é uma proposta grotesca. Deveria ser barrada por alguém. E a única pessoa que poderi fazer isso sozinha está escapando à tarefa.
Isso é a política.
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