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Osmar Dias tem mais vinte dias para tomar uma decisão. À sua frente, dois caminhos. Cada um tem suas vantagens e suas desvantagens, e cada um tem seus defensores dentro do (nem tão grande) PDT. Na hipótese um, Osmar aceita Requião como parceiro de chapa. Na hipótese dois, vai sozinho, em o PMDB.

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Dentro do PDT, a corrente majoritária parece ser a que quer Osmar sozinho. “Vai ser uma eleição parecida com a do Gustavo Fruet em 2012”, diz um. “Você pega uma chapa pequena, mas sem rejeição. Melhor do que aumentar tempo de tevê e ter que ficar se explicando.”

Na verdade, Fruet usou boa parte do tempo de tevê para explicar a ligação com o PT. Mas, mesmo assim, ganhou tendo apenas dois partidos coligados, contra uma chapa gigantesca de Luciano Ducci.

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O medo de Requião é que ele traga mais rejeição do que votos. “O que esse pessoal do PDT precisa entender”, diz um aliado de Requião, “é que você só precisa de 50% dos votos pra ganhar a eleição. Se tiver rejeição de 49%, mas tiver 50% dos votos, você se elege”.

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Nem todo mundo concorda com a tese. E há um bom argumento: 2010. Na ocasião, Osmar se juntou a Requião (depois de terem quase chegado às vias de fato quatro anos antes) e se deu muito mal.

Apesar disso, há quem ache que Osmar não tem para onde fugir. Sem o PMDB, sua chapa seria simplesmente inviável. “Ele pode adiar o quanto quiser. Talvez esteja ainda esperando para ver se consegue tirar o PSB da Cida. Mas uma hora ele vai ter que aceitar o Requião”, diz um deputado.

Um ex-requianista, que hoje está ao lado de Cida Borghetti, diz que Osmar deveria ver que Requião também tem muito voto. “Hoje, o Requião é um cabo eleitoral fantástico no funcionalismo, por exemplo”, diz. “Se ele põe a mão no ombro do Osmar e diz na tevê que aquele é o candidato, milhares de professores seguem a ordem. Ele transfere muito voto”, afirma.

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