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Requião vai ao STF para tentar derrubar reforma da previdência de Beto Richa

Roberto Requião, PMDB, Eleições 2014O senador Roberto Requião (PMDB) decidiu que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a decisão do Ministério da Previdência de não intervir no Paraná para derrubar a lei que reformou a previdência do funcionalismo público do estado. A reforma foi implementada pela votação na Assembleia Legislativa, no último dia 29. A votação chamou a atenção do país devido ao fato de 213 manifestantes terem saído feridos durante a votação.

O Ministério da Previdência emitiu parecer nesta segunda-feira dizendo que o novo plano de previdência do estado tem irregularidades. Curiosamente,o governo federal disse, por outro lado, que não pode interferir, derrubando a lei paranaense, devido a uma liminar dada pelo STF em 2006 sobre o regime previdenciário do estado. A liminar foi obtida na época do governo de Requião, que agora contesta o uso da liminar para este fim.

A liminar foi dada ao governo Requião na época em que o governo do estado se recusava a cobrar 11% dos aposentados e pensionistas paranaenses, como exigia lei federal. A liminar foi concedida pela ministra Ellen Gracie e referendada pelo plenário. No início de seu segundo mandato, aliás, o governo Beto Richa (PSDB), decidiu finalmente fazer a cobrança, o que tornaria a liminar desnecessária.

Segundo o entendimento do Ministério da Previdência e do governo do estado, porém, a decisão permite que o governo do estado decida sobre seu regime previdenciário sem que o governo federal intervenha. Para os aliados de Requião, porém, a interpretação é absurda. “A garantia é para não cobrar de aposentados, e não para quebrar o fundo”, diz Luiz Fernando Delazari, assessor jurídico de Requião no Senado.

De acordo com Delazari, Requião deve tomar duas medidas, embora tudo ainda esteja sendo estudado. A primeira, fazer uma representação administrativa ao próprio governo federal. A segunda, entrar como Amicus Curiae na Ação Cível Originária 830, que deu a liminar ao governo. A ideia é que o Supremo diga que a decisão de 2006 não tem nada a ver com a situação atual da previdência paranaense.

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