A decisão do Tribunal de Contas do Estado de anular o aumento da tarifa de ônibus vai custar pelo menos R$ 400 mil por dia à prefeitura. Era a “caixinha” que Rafael Greca estava acumulando com o aumento antecipado da passagem.
Pelo contrato com as empresas, a tarifa técnica – que serve de base para saber quanto os empresários recebem por passageiro – só sobe no dia 26. Até lá, dos R$ 4,25 que vinham sido cobrados, sobravam R$ 0,59 que não entravam na conta.
Livre, esse dinheiro, segundo Greca, seria depositado no fundo usado diariamente para quitar os débitos com as empresas. Hoje, a tarifa técnica segue em R$ 3,66 – o que, segundo os empresários, torna o sistema altamente deficitário.
Pelas próximas duas semanas, o dinheiro que não entrará sem o aumento apenas deixa de gerar superávit. Depois, a partir do dia 26, quando a tarifa técnica sobe, passa a causar déficit.
Não custa lembrar que os empresários dizem que a tarifa técnica, para manter o sistema funcionando sem problemas financeiros, deveria ser de, no mínimo, R$ 4,57. A prefeitura não concorda com o cálculo.
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