A repórter Estelita Hass Carazzai anotou assim a declaração. “No caso da presidente, é diferente. Ela disse que não ia mexer em conquistas de servidores. E mexeu. Ela disse: ‘Nem que a vaca tussa’.” Em seguida, a repórter lembra ao governador que ele é acusado da mesma coisa. E vem a nova resposta:
“Mas ninguém me perguntou se eu ia mexer na previdência. Não falei que não ia mexer. Ao contrário. Chegou um momento que, com a queda de receitas e a economia se deteriorando, não dá mais para sustentar dessa forma.”
Richa pode não se lembrar. Mas sua campanha foi sim questionada pela Gazeta do Povo sobre o que faria com a previdência do funcionalismo. E a resposta não falava em nenhum momento em reformas bruscas. Pelo contrário: garantia-se que nem seria necessário cobrar os inativos, coisa que já foi feita assim que a eleição acabou.
Para o governador Beto Richa (PSDB), a Lei Estadual 17.435/12, aprovada em 2012, trouxe avanços para a Paranaprevidência. “Pagamos muitas contas. Avançamos muito. Tínhamos um problema seríssimo deixado por gestões anteriores.”
Veja trecho da reportagem de Guilherme Voitch, publicada em 29 de julho de 2014.
“De acordo com o governador, candidato à reeleição, não haveria inicialmente necessidade de aumentar o porcentual de cobrança sobre os servidores ativos ou de cobrar os inativos. Segundo Richa, porém, a previdência exige estudos constantes de entradas e saídas de caixa. “Estamos acompanhando permanentemente. Organizamos a Paranaprevidência e vamos manter essa organização para o futuro”, disse Richa.”
E sobre a reforma de 2012, que hoje Richa diz ter sido uma das causadoras do atual problema de caixa do governo? Eis o que ele dizia, menos de um ano atrás.
“Para o governador Beto Richa (PSDB), a Lei Estadual 17.435/12, aprovada em 2012, trouxe avanços para a Paranaprevidência. ‘Pagamos muitas contas. Avançamos muito. Tínhamos um problema seríssimo deixado por gestões anteriores.'”
Colaborou: Fernando Martins.
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