O governador Beto Richa ficou chateado com a reação de alguns deputados estaduais aos novos projetos de ajuste fiscal que ele mandou para a Assembleia. Alguns deputados (especialmente os mais novos) se rebelaram na CCJ.
Os deputados se recusaram a votar tudo rapidamente, sem discutir. Além disso, usaram o regimento para reclamar que o projeto era um monstrinho, cheio de artigos sobre temas diferentes, quando a regra manda que cada projeto trate de um só tema. (O regimento só é usado quando convém, lembremos.)
A revolta dos deputados tinha a ver com o atendimento do governo. Sem dinheiro, Richa tem tido dificuldades para atender os prefeitos do interior. E os deputados são uma espécie de “parachoque” entre o governo e os prefeitos. São eles que têm que se explicar quando as coisas não saem.
Mas o que mais chateou Richa foi o fato de, entre os rebeldes, estarem vários deputados que ele contava como aliados, literalmente, natos. A filha da vice-governadora (Maria Victoria), o filho do presidente da Cohapar (Pedro Lupion), o filho do conselheiro Durval Amaral (Thiago Amaral).
Mas política é assim. O governador digeriu a derrota, mandou Mauro Ricardo à CCJ (outro fato inédito para o novo mandato da Assembleia) e agora espera reverter a situação financeira para trazer de novo para perto os “aliados”.
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