O governador Beto Richa tem evitado microfones, gravadores e câmeras de tevê. Pelo menos no que diz respeito a dois assuntos. Um deles já vem se arrastando há cerca de um mês: é a licitação do transporte coletivo de Curitiba, que vem sendo espancada de todos os lados. Há questionamentos em uma auditoria da prefeitura, numa CPI da Câmara e numa análise do TC. Luciano Ducci, que era o vice, já falou. Marcos Ísfer, da Urbs, também. Richa, o prefeito da licitação, ficou em silêncio.
Agora é o caso do suposto tráfico de influência na eleição de Fabio Camargo para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas. Nesta terça, o relatório do conselheiro Francisco Falcão disse que uma triangulação entre TJ, Assembleia e governo está sendo investigada. A suspeita surge em boa parte por o TJ ter aprovado uma transferência bilionária para o caixa de Beto no mesmo dia em que a bancada governista alçou Fabio Camargo ao TC.
Richa, procurado pela imprensa, disse que não tinha tempo para responder. Sabe como é: agenda lotada. Não dá para parar e tirar uma dúvida que envolve bilhões de reais e um suposto esquema ilícito entre os três Poderes do Paraná.
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