Talvez o grande movimento recente da política paranaense tenha sido a adesão de Ratinho Jr. ao grupo do governador Beto Richa. Em 2012, os dois foram separados para a eleição municipal e perderam: Richa viu Luciano Ducci cair no primeiro turno e Ratinho, apesar do caminhão de votos que fez, perdeu no segundo turno.
Na época, Ratinho podia pender tanto para o lado de Richa quanto para o de Gustavo Fruet (e, por extensão, de Gleisi Hoffmann). Ou podia seguir sozinho, abrir um grupo independente. O PT e Fruet, porém, perderam a parada. Em 2012, Ratinho chegou a ser dado como vice de Fruet antes da campanha. Depois da campanha, virou adepto de Richa.
A importância de Ratinho Jr. não está só no fato de ser o deputado mais votado do estado, nem em ter sido o primeiro colocado no primeiro turno de Curitiba. Está nas empresas de comunicação da família e, claro, no pai dele. Richa sabia dessa importância, e por isso fez questão de dar a Ratinho a secretaria com mais dinheiro para as prefeituras. Atraiu o deputado dando a ele chance de poder dizer que atuou no Executivo – e, principalmente, contato com os prefeitos.
Agora, na campanha, os dois estão se beneficiando disso. Ratinho, que no interior já tinha o pai como arma, agora tem os prefeitos na palma da mão. E Richa viaja ao lado de Ratinho filho e de Ratinho pai. Na eleição passada, o governador era alvo de piadas de Ratão: era um “cueca de seda”. Agora, são amigos de infância. As fotos não mentem: olha os três aí, Paraná afora, juntinhos.
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