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O governador Beto Richa (PSDB) disse em entrevista coletiva em Londrina que pensa em se afastar temporariamente do cargo para fazer campanha. Seria bom que isso ocorresse. O problema não é exatamente de Richa, mas da legislação brasileira, que inventou um sistema tosco de reeleição em que o candidato pode se beneficiar (e muito) do cargo que ocupa.

A reeleição, na verdade, não estava prevista na lei brasileira. Quando chegou, graças ao personalismo de Fernando Henrique Cardoso, que deu a si mesmo a chance de mais um mandato, bagunçou tudo. Quando o governador, no cargo e disputando a reeleição, age, não se sabe se está fazendo algo como governante ou como postulante ao cargo. Vai a um evento: é candidato ou governador?

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A prática é dizer que durante o expediente (de dia) o sujeito governa e à noite e em fins de semana faz campanha. Balela! Claro que ao ir a um evento público, falar de obras, visitar cidades, ainda que seja segunda de manhã, está também angariando votos. O eleitor não deixa de ver o sujeito como candidato só porque ainda não são seis da tarde.

Está mais do que na hora de rever essa regra. Enquanto isso, seria prudente que os candidatos se afastassem, até para evitar saias-justas.

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