O governador Beto Richa (PSDB) mudou o tom da conversa, mas não o conteúdo. Continuou insistindo nesta terça-feira que a proposta do governo para o funcionalismo é a mesma. Embora tenha dito que “está aberto ao diálogo”, parece não ter dado a devida atenção à proposta feita por seus próprios aliados, de zerar a inflação ainda neste ano.
Em uma rara entrevista coletiva neste segundo mandato, Richa disse apenas que a proposta que continua valendo é a que foi enviada à Assembleia, que antecipa a database em 2016 e que zera a inflação só em janeiro do ano que vem. Mas mudou a classificação de sua proposta. Antes, ela era “irrecusável”. Agora, “não é ruim”.
Richa sabe que a proposta não tem apoio nem mesmo na Assembleia. E se não houver alguma reviravolta no plenário, não passará. Por isso, é difícil entender a insistência em continuar com os mesmos números, que só prolongam a greve e seguem arranhando a popularidade do governo.
Até porque o discurso de que não há dinheiro não é cem por cento verdadeiro. Sabe-se que seria possível retirar dinheiro do Judiciário, do TC, da Assembleia e do MP para fechar as contas. Claro, o custo político é alto. Mas não dá para dizer que o possível é impossível.
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