O governador Beto Richa (PSDB) soltou uma breve nota nas redes sociais nesta sexta-feira para anunciar formalmente sua adesão à tese de que Dilma Rousseff deve ser declarada impedida de presidir o país.
A nota, no Facebook, comenta a reunião de que Richa participou em Brasília na quinta com o ex-presidente Fernando Henrique e com outras lideranças do PSDB. Na reunião, op partido decidiu unificar o discurso a favor do impeachment de Dilma. Veja a nota
“Em reunião ontem à noite, em Brasília, de governadores do PSDB com senador Aécio Neves, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outras lideranças, nosso partido fechou questão para apoiar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Existem indícios fortes de infrações graves à Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme o Tribunal de Contas da União apontou.O papel do PSDB é apoiar, com serenidade e muita responsabilidade, os movimentos das ruas, do Congresso e da Justiça.”
Richa já mudou de posição sobre o impeachment mais de uma vez. Primeiro, se declarou contrário. Quando Eduardo Cunha (PMDB-RJ)( aprovou a tramitação do pedido, ficou em cima do muro. Depois disse que esperaria a posição do partido. E agora se diz a favor.
Curiosamente, Richa usa como um de seus argumentos pró-impeachment o fato de Dilma Rousseff ter desrespeitado a Lei de Responsabilidade Fiscal, numa referência às “pedaladas fiscais” da presidente.
No entanto, no ano passado, Richa também “pedalou”, desrespeitando o orçamento previamente aprovado, e precisou enviar um projeto de lei à Assembleia Legislativa para legalizar um déficit criado por sua gestão.
Ao contrário do que ocorreu em Brasília, porém, onde o Tribunal de Contas da União recomendou a reprovação das contas de Dilma, o Tribunal de Contas do Estado manteve sua tradição e ignorou os avisos dos procuradores de que as contas de Richa estavam ilegais. As contas do governador foram aprovadas por 5 votos a 1.
O governo do estado nega as pedaladas. Diz que o termo é indevido porque levaria a uma comparação com o uso de bancos públicos feito pelo governo federal – o que não houve. E afirma que o TC local aprovou as contas, o que demonstraria que não houve irregularidades.
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