Rodrigo Maia comemora eleição. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.| Foto:
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Não há sinal mais claro da nova ascensão da direita no Brasil: o DEM chegou à presidência da Câmara dos Deputados. Trata-se do único partido grande que não apenas se admite de direita (“conservador nos costumes, liberal na economia”, define Abelardo Lupion).

Descendente da Arena, do antigo PDS, o partido vinha sobrevivendo a duras penas. Durante os anos do petismo, diminuiu de 180 deputados (obtidos na era FHC) para os atuais 27. No Paraná, não sobrou nenhum. A legenda, desgastada, teve de trocar de nome: o PFL já não conseguia mais nada.

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A última vez em que o partido tinha ocupado a presidência da Câmara foi com Luiz Eduardo Magalhães. O Senado, com seu pai, Antônio Carlos Magalhães, ambos já falecidos. A vice-presidência se encerrou com Marco Maciel, 14 anos atrás.

Lula chegou perto do que queria quando falou, num célebre vídeo de 2010, que pretendia “extirpar” o DEM da vida política nacional. O PSD, fomentado pelo petismo e articulado por Gilberto Kassab, quase decretou a morte da legenda. Quase.

Agora, o DEM não apenas conseguiu o Ministério da Educação, com Mendonça Filho, como disputou e ganhou no voto a presidência da Câmara. “Isso num momento em que o presidente da Câmara é praticamente o vice-presidente da República”, comemora Pedro Lupion, presidente do DEM no Paraná e amigo de Maia – seu padrinho de casamento.

Pedro Lupion diz não ter dúvidas de que isso torna o partido mais forte para as próximas disputas, principalmente para a eleição de 2018, quando finalmente o DEM poderá pensar em aumentar de novo sua bancada federal.

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