A vereadora Julieta Reis e sua equipe juram de pés juntos que a colocação de uma cobertura numa rua ao lado da Praça Espanha não traria custos para o município. A proposta da vereadora de cobrir um trecho da Fernando Simas – naquilo que hoje chamam de “Batel Soho” – seria apenas para que a prefeitura fizesse os trâmites. Quem pagaria seria a iniciativa privada.
“O que sugerimos foi que a prefeitura lance o processo. Mas o custo para o Ippuc seria apenas o dos trâmites. A obra poderia ser paga pela inciativa privada”, diz Rodrigo Reis, filho de vereadora e que atua como consultor legal do gabinete – voluntariamente, segundo ele mesmo.
Com custo ou sem custo, há outros pontos que continuam abertos a discussão, e a proposta continua sendo polêmica. O principal assunto seria a possibilidade de a rua poder ser fechada nos fins de semana para que os comerciantes colocassem mesas nas calçadas.
Do ponto de vista da vereadora, seria mais um ponto turístico para a cidade. Mas há outro modo de ver a coisa: os comerciantes estariam ganhando uma rua privada para eles, e a cidade estaria cedendo espaço público para particulares.
Rodrigo Reis diz que o processo seria semelhante ao do Parque Barigui, em que a prefeitura fez uma licitação e a iniciativa privada fez as obras. Há uma diferença importante, porém. Imagine o caso do Barigui ou da Rua 24 Horas. Faz-se licitação para escolher quem ocupará a área beneficiada. No caso da Fernando Simas, quem já está lá é que estaria beneficiado.
Rodrigo Reis diz que, se for esse o problema, poderia se fazer em outro lugar, como o Passeio Público. “O que queríamos era lançar a ideia. Agora, o Ippuc pode sugerir outro ponto. O importante é Curitiba ganhar mais pontos turísticos, já que hoje o turista visita todas as atrações da cidade em dois dias”, diz ele.
A vereadora foi procurada pelo blog, mas está em Foz do Iguaçu, na Conferência Estadual das Cidades.
Siga o blog no Twitter.