Curiosamente, está nas mãos do deputado Rubens Bueno – que nesta semana apareceu na imprensa devido a uma polêmica com seu auxílio-moradia – a regulamentação do teto salarial do funcionalismo. A encrenca do teto é, justamente, esse tipo de penduricalho.
Em entrevista ao Estadão, o deputado paranaense, que está com a relatoria do caso na Câmara, diz que pretende acabar com o auxílio de juízes e promotores que atuam na cidade de origem. O benefício, que hoje é amplo, geral e irrestrito, serviria apenas para quem fosse deslocado.
Bueno está fazendo seu relatório num grande acordo nacional, com o Supremo, com tudo. E acha que não é o caso de decidir quem recebe auxílio-moradia com base no fato de a pessoa ter ou não imóvel na cidade. Bueno, curiosamente, foi acusado de receber R$ 5,5 mil de auxílio tendo imóvel em Brasília (ele nega e diz que vendeu o apartamento em 2013).
A solução é uma meia sola. Auxílio-moradia deveria ser para quem precisa de auxílio para morar. Não é o caso de quem recebe R$ 30 mil. E mesmo que fosse o caso de auxiliar os poderosos com mais dinheiro público, no mínimo haveria que se comprovar que o dinheiro foi efetivamente gasto com aluguel. De resto, é burla ao teto, pura e simples.
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