Há gente na campanha de Cida Borghetti (PP) dizendo que é preciso definir o quanto antes se Beto Richa (PSDB) desiste ou não de se candidatar ao Senado. Embora o prazo final seja dia 17, o grupo precisa de alguns dias para arranjar outro candidato que o substitua e bolar a nova estratégia.
O problema é que ninguém sabe exatamente com quem conversar sobre isso. “Fica difícil a interlocução, porque todos eles estão isolados”, diz um dos aliados de Cida. “Isolados”, claro, é um eufemismo para “presos”. Além de não ter como negociar com Beto, que tem que tomar a decisão, seus auxiliares diretos estão todos fora de combate.
Por enquanto, as conversas têm acontecido com Fernando Ghignone. A outra opção seria o filho de Beto, Marcello Richa (PSDB), mas todos acham que ele está completamente perdido neste momento e não tem como negociar nada.
Aliás, a campanha de Cida espera ansiosa as pesquisas internas desta quarta para saber o tamanho do impacto da prisão de Beto. Tanto na campanha dele, que deve derreter, quanto na dela e na de Ratinho, ligados umbilicalmente ao governo preso.
Uma curiosidade: a página de Facebook de Beto Richa sumiu. Desde terça, não aparece para quem faz a pesquisa.
Cida Borghetti aproveitou o fato de que tem um ator como secretário de Cultura e mandou José Luiz Fiani para o programa eleitoral. Além dele, quem tem dominado a cena é o vice, Coronel Malucelli, para falar de segurança. A própria Cida anda em segundo plano.
Os candidatos ao Senado decidiram usar suas armas mais pesadas. Oriovisto Guimarães (Podemos) botou no seu extenso tempo de tevê os dois maiores cabos eleitorais de que dispõe: Alvaro Dias (Podemos) e Ratinho Jr. (PSD). Nelton Friedrich lançou mão de Roberto Requião (MDB) e Ciro Gomes (PDT).
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