O presidente da Câmara de Curitiba, Paulo Salamuni (PV) foi o responsável pelo golpe de morte nas pretensões da chapa dos “dissidentes” do Legislativo na eleição interna do Legislativo. Apoiado num parecer do jurídico da Câmara, Salamuni determinou que Cacá Pereira continua sendo líder do PSDC. Com isso, ele tem o direito de levar o partido a fechar com Aílton Araújo, do PSC.
Os dois integrantes da bancada do PSDC fazem toda a diferença na apertada eleição para a presidência da Câmara. Com Cacá de líder, o bloco de apoio a Aílton Araújo tem 18 integrantes. Se prevalecesse a vontade de Chicarelli, o outro vereador da bancada, o partido passaria para o grupo dissidente, que teria com isso 16 assinaturas, empatando o tamanho dos dois blocos.
Pelo regimento interno da Câmara, o maior bloco indica o presidente da Câmara. Os demais cargos da mesa diretora também são distribuídos de acordo com o tamanho das bancadas. Com a decisão de Salamuni, a maioria ficou ao lado de Araújo, que é candidato do mesmo grupo político do atual presidente – e que tem apoio tácito do prefeito Gustavo Fruet (PDT).
A dúvida sobre o destino do PSDC se deveu a uma decisão do diretório do partido, que decidiu destituir Cacá Pereira da liderança nesta semana. No entanto, a Câmara decidiu que o documento enviado pelo partido não é válido.
Além disso, Salamuni também decidiu que a chapa de Aílton Araújo foi protocolada dentro do horário exigido pelo regimento. O grupo de Valdemir Soares (PRB), Zé Maria (SD) e Tito Zeglin (PDT) questionava o horário do protocolo. A chapa foi enviada para o protocolo às 17h56, mas os funcionários do protocolo só o registraram às 18h10. O edital exigia que o registro fosse feito até as 18h00.
Ao ouvir as determinações de Salamuni, os dissidentes se rebelaram, gritaram em plenário e confrontaram o presidente. As galerias, com vários funcionários a favor de Valdemir e seu grupo, também protestaram.
Tudo indica, porém, que a sessão desta terça destinada a eleger o presidente deve terminar com a escolha de Aílton Araújo. O presidente tem mandato de dois anos. A chapa tem ainda Pedro Paulo (PT) como primeiro-secretário e Paulo Rink (PPS) como segundo-secretário.
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