Diretor brasileiro de Itaipu há 12 anos, Jorge Samek diz que até agora, pelo menos, não foi informado de qualquer possível substituição no cargo. Desde esta segunda (17), cogitou-se da possibilidade de o ex-ministro Paulo Bernardo ir para o lugar dele.
Samek diz que sabe que sua longevidade no cargo não parece “natural”. E que imagina que uma substituição, a essa altura, até fizesse sentido por isso. “Sou o único dirigente de primeiro escalão há 12 anos e oito meses no cargo”, disse, por telefone.
No entanto, Samek desfia lá seus argumentos para continuar no cargo. “Temos batido recordes de produção, Itaipu tem um belo trabalho com as prefeituras, com o lado paraguaio”, diz. “Eu trabalho aqui como se fosse vitalício, mas se precisar sair e ir para outra função, também não tem problema.”
Samek conta uma história do início do atual mandato de Dilma Rousseff. “Quando fui falar com a presidente, disse que esse cargo era um pepino, que eu estava cansado. Todo mundo achou que eu ia pedir a conta. Aí eu disse: me deixa só mais três mandatos e daí me libera, por favor. Todo mundo riu.”
Em Brasília, pessoas que conhecem o ex-ministro Paulo Bernardo dizem que a indicação pode até vir, mas não no momento. “Parece ter sido plantação”, diz um aliado do ex-ministro, que atuou em dois governos de Lula e no primeiro de Dilma.
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